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A história dela ficou ainda mais célebre após a atriz Fernanda Torres tê-la interpretado no filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles. Indicado aos prêmios de melhor filme, melhor filme estrangeiro e melhor atriz no Oscar deste ano, o longa é uma adaptação do livro de mesmo nome escrito por Marcelo Rubens Paiva. Neste livro, o autor narra a história real de sua família, centrada na luta da mãe logo após o desaparecimento do pai, o deputado Rubens Paiva, levado por policiais em 1971, durante a ditadura militar brasileira. O corpo de Rubens Paiva jamais foi encontrado.
Desde então, as visitas guiadas ao Cemitério do Araçá - que aram a incluir uma visita ao túmulo de Eunice Paiva – tem ado a reunir centenas de visitantes. O eio é organizado pelo projeto de necroturismo O Que Te Assombra?, que já promovia rotineiramente visitas gratuitas a cemitérios e túmulos de personalidades históricas no estado de São Paulo. A próxima visita guiada, por exemplo, está planejada para a manhã do dia 16 de fevereiro.
“O Que Te Assombra? é um projeto que eu idealizei e que nasceu para contar a história de assombração. Ele é muito inspirado no livro Assombrações do Recife Velho, de Gilberto Freire, que faz um paralelo interessante entre o desenvolvimento sócio-urbano da cidade do Recife e as histórias da assombração”, contou o pesquisador e advogado Thiago de Souza.
Em entrevista à Agência Brasil, ele explicou que essas histórias acabaram levando-o, inevitavelmente, aos cemitérios. E daí surgiu a ideia de desenvolver um novo projeto, Saudade e Suas Vozes, que tem o foco no Cemitério do Araçá. Esse projeto trabalha o cemitério como um lugar de memória, cultura, patrimônio e histórias.
“Eu nunca imaginei que um cemitério tivesse tantas potencialidades e fosse um instrumento tão importante para contar histórias. Eu gosto de dizer que o cemitério é o lugar que melhor conta as nossas histórias. Todo mundo que construiu a nossa história descansa em algum cemitério. Eles são grandes contadores de história das nossas comunidades e das nossas cidades”, acrescentou o pesquisador.
A inclusão do túmulo de Eunice Paiva nas visitas guiadas que já eram realizadas naquela necrópole aconteceu no final do ano ado, logo após a postagem de Fernanda Torres, quando o pesquisador finalmente descobriu que ela estava enterrada no Araçá. E a decisão por incluí-la nessa visita foi motivada porque sua história representa não somente a luta pela democracia, mas também reflete sobre a importância das memórias e do luto.
“A história dela dialoga com dois aspectos interessantes: o primeiro é a memória, a importância da gente se lembrar e da gente buscar a verdade, da mesma forma que foi para ela a busca por respostas sobre o paradeiro do deputado Rubens Paiva. Mas um segundo aspecto que é muito importante para a gente é entender a importância dos processos de luto, que é algo que talvez não fique muito perceptível na história. A grande busca da Eunice era para ter o direito de saber o que tinha acontecido com o seu marido, quem eram os responsáveis pela sua morte e onde ele estava sepultado”, reflete.
Para o pesquisador, é muito bom ver o interesse das pessoas por Eunice porque, a partir disso, são feitas reflexões sobre a importância da memória e sobre se reencontrar um sentido de compadecimento por pessoas que sofreram grandes violências.
Inaugurado em 1897, o Cemitério do Araçá foi criado devido à superlotação do Cemitério da Consolação e pelo crescimento da imigração italiana em São Paulo. O nome Araçá deriva da antiga Estrada do Araçá, que era cercada por uma planta de mesmo nome. Atualmente, essa estrada se tornou a Avenida Doutor Arnaldo.
Além de abrigar o túmulo de Eunice Paiva, o Cemitério do Araçá guarda outras personalidades importantes da história do Brasil, como as atrizes Cacilda Becker e Nair Bello e o empresário Assis Chateaubriand. É também onde fica o mausoléu da Polícia Militar e um ossário onde antigamente foram organizados os restos mortais de pessoas assassinadas pela ditadura militar e que haviam sido enterradas na vala clandestina de Perus. O local também se destaca por obras de arte, assinadas por artistas como Victor Brecheret.
Para participar da visita guiada ao Cemitério do Araçá não é preciso pagar nada. Os organizadores só pedem a contribuição de um quilo de alimento que depois é encaminhado para um projeto de distribuição de marmitas para moradores em situação de rua. As inscrições podem ser feitas por meio do perfil O que te assombra? (@oqueteassombra) no Instagram.
*Publicado originalmente pela Agência Brasil. Opiniões sobre o tema não correspondem à linha editorial do Portal Rio Doce em Pauta.